sexta-feira, 25 de junho de 2010

Viva.


Viva. Abri os olhos pela manhã e foi essa sensação que senti. Eu estava viva. Estava prestes a encontrar a pessoa que tanto esperei. Sonhara com aquele dia a tanto tempo que não consegui assimilar tudo quando acordei. Levantei-me devagar e lavei o rosto com água bem gelada. Meu reflexo era a mistura de uma pessoa nervosa, excitada e com um pouco de medo. Sorri ao perceber que ruguinhas de preocupação apareceram na minha testa.
Tinha marcado ao meio-dia, na calçada da praia ali perto. Não conhecia aquela cidade direito, então sairia de casa algumas horas antes. Não queria chegar atrasada.
Arrumei-me o máximo e o mínimo possível. Queria estar perfeita, mas não queria parecer alguém vulgar.
O relógio marcou onze horas. Um frio na barriga enorme consumiu meu corpo, sentei-me rápido para não cair. Estava ali, a minutos da pessoa que mais desejava. A pessoa que mesmo longe, ganhou todo o meu coração. Mesmo longe esteve sempre perto, e agora, estava a passos de mim.
Na estação do metrô, observei as pessoas indo e vindo, imaginando o destino, a história de cada uma. Dentro do metrô, o máximo que enxerguei foram borrões rápidos embarcando e desembarcando.
Ao descer, não me senti bem. Fora o nervoso. Senti os joelhos cederem, e me apoiei rápido. Respirei fundo, e tentei me recuperar. Caminhei com passos lentos pela estação e logo me deparei com um cenário lindo. A brisa do mar me envolveu e automaticamente fechei os olhos para apreciar a sensação.
Voltei a caminhar e fiquei impressionada com a beleza da paisagem. Nem nos meus sonhos mais perfeitos podia ver algo tão belo.
Parecia que todos haviam resolvido ir à praia naquele dia. Como o encontraria? Olhei os lados rapidamente e, me perdi. Paralisei ao ver aqueles olinhos me fitando. Uma mágica nos envolveu, e ali, naquele momento, só existia nós dois. Foi o segundo mais longo que vivi. E no outro, estava presa em um abraço, quente e apaixonado que eu desejei que nunca mais acabasse.


"Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente."
Chico Xavier

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